Seminário regular sobre filosofia e história – Próxima sessão 3 de outubro – Inscreva-se!

Casa das Ciências. Recursos digitais para professores.
Seminário regular sobre filosofia e história

Casa das Ciências, em parceria com a FCUP e a FLUP, está a promover um Seminário regular sobre “Filosofia e História das Ciências”.

Este seminário terá a colaboração de docentes e investigadores da Faculdade de Letras da UP.

Próxima sessão:

  • Dia 3 de outubro (quinta-feira) às 16h (hora de Lisboa)
    Eduardo Rêgo
    Título: Analogias e Alegorias – Alguma Filosofia da Matemática,introdutória, através de exemplos.

    Resumo: Partindo (literalmente) de um conjunto de exemplos – pensados como quadros de perspectiva (perspective frames) – explorarei as seguintes ideias (ou perspectivas):

    1. Existe uma duplicidade filosófica na Matemática (i.e. nas visões predominantes dos seus agentes), envolvendo até alguma dismorfia.
    2. De forma associada, na relação entre linguagem natural e linguagem matemática existe uma simbiose (muitas vezes desapercebida) que actua quer no processo da própria construção matemática (aqui em ecos de Wittgenstein) quer na sua aplicabilidade (aqui em contraponto àqueles ecos).
    3. Da importância de confrontar e tentar enquadrar antigas perspectivas sobre certas questões da Filosofia da Matemática e da Lógica com os conhecimentos e práticas mais recentes da própria matemática. Em particular libertando-as da cristalização da sua discussão em função de certas – clássicas mas discutíveis – dualidades.

    As questões em torno das noções de Infinito e seus tratamentos matemáticos são especialmente adequados à exploração destas ideias e tanto os exemplos como a sua discussão serão na sua maior parte sobre essas noções e questões.
    Procurarei referir os exemplos e a sua discussão às mais conhecidas visões clássicas da Filosofia da Matemática (Logicismo, Formalismo, Intuicionismo) no que, para mim, reforçam ou contestam essas posições.
    Tentarei ser minimal nos aspectos técnicos de forma a tornar a sessão mais acessível a um maior número de pessoas, ainda que alguns factos matemáticos que referirei sejam menos conhecidos da cultura geral matemática, em especial na sua vertente de divulgação.
    Espero conseguir deixar mais interrogações e problemas que afirmações e respostas.
     

    Local: Anfiteatro 0.03 do dep de Matemática da FCUP (Rua do Campo Alegre, Porto)

     

    Se pretende receber o Link de acesso à transmissão online, preencha o formulário disponível aqui.

    Cada sessão consta de uma palestra + intervalo com café + debate.

    Outras se seguirão ainda este ano letivo e no próximo. Serão oportunamente anunciadas.

    Para esclarecer qualquer dúvida adicional contacte, por favor, TM.: 93 319 27 63, ou por e-mail jntavar@fc.up.pt.
    Em nome da
    A Comissão organizadora
    Porto, 18 de abril de 2024
    Eduardo Rêgo (FCUP)
    João Alberto Pinto (FLUP)
    João Nuno Tavares (Casa das Ciências e FCUP)
    Sofia Miguens (FLUP)

     

Cadernos da Ciência - formato pdf - O INFINITO Une façon de parler?

Este texto pode considerar-se como sendo de filosofia da matemática, mas pretende ser simples, de divulgação e acessível, pelo menos em grande parte, a não “especialistas”. A tese central é que a linguagem natural usada para falar da Matemática, dos seus conceitos e resultados, mesmo em contextos técnicos (quer orais, quer escritos) é fundamental na própria construção e sedimentação de muitas das ideias e noções que a constituem.(…) a linguagem natural cria, através do seu uso e repetições, certos revestimentos semânticos das ideias matemáticas, que estão para além dos sentidos que os formalismos só por si permitiriam determinar, mas que se constituem como sua parte integrante. A visão que cada um de nós tem da matemática contém como parte importante esses “segundos sentidos” que associamos a certos resultados matemáticos, ou mesmo teorias, e que como os planos de fundo numa paisagem, moldam a perspectiva que deles temos, em particular a profundidade do seu alcance. (…) O que faremos aqui, para ilustrar e explicar a tese, é analisar um pouco uma noção que não é exclusivamente matemática e que há muito é reconhecida como uma das grandes perplexidades da mente humana: a noção de infinito.(…) Apesar de poder ser visto como um texto de filosofia da matemática, uma motivação essencial para a sua escrita foi a nossa convicção de que abordar questões desta disciplina é também uma forma de aprender matemática e de desenvolver uma visão mais abrangente e integrada das suas múltiplas paisagens. (…) esperamos que o leitor possa enriquecer a sua visão e conhecimentos matemáticos, em especial através da abordagem – que tentámos tornar acessível – a certos resultados menos conhecidos, em particular no domínio da lógica e fundamentos, incluindo uma ideia já com grande divulgação fora da comunidade matemática e que aparece aí como bastante provocadora: em que sentido, ou sentidos, em matemática se diz que há diferentes infinitos, infinitos de “vários tamanhos”.

Número especial – O CHÃO QUE PISAMOS – 250 Milhões de anos de rochas e paisagens em Portugal - 2ª Edição

O CHÃO QUE PISAMOS – Conta as histórias da longa evolução e mostra como elas estão impressas nas rochas que nos rodeiam e como deram origem às paisagens que apreciamos e ao país que hoje conhecemos.

Cadernos de Ciência – formato pdf – Relatividade Restrita

O objetivo deste pequeno Caderno de Ciência, publicado pela Casa das Ciências, é o de divulgar de uma forma simples e acessível a teoria da Relatividade Restrita, criada por Albert Einstein em 1905. É um teoria que desafia a nossa intuição, fortemente enraizada na tradição Newtoniana. No entanto, se o leitor estiver disposto a embarcar nesta fascinante viagem intelectual, com alguma matemática simples, ajuda visual e sobretudo com mente aberta, estou convicto que, no final, sairá fortemente compensado e até completamente convencido da veracidade desta criação genial de Einstein.

Este caderno contem cerca de 20 animações que ilustram o texto, ajudando a ganhar intuição sobre os conceitos expostos. As animações estão feitas em Geogebra.

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Isabel Moutinho