Esta ação é inteiramente dedicada ao trabalho do realizador e produtor português Luís Campos, autor cuja obra tem estado profundamente ligada à representação de problemas da juventude, com destaque para a curta-metragem Monte Clérigo (2023), recentemente integrada no catálogo do Plano Nacional de Cinema e Terra Vil (2025), primeira longa-metragem de ficção do autor, com estreia agendada para breve.
Tanto em Monte Clérigo como em Terra Vil encontramos composições sobre problemas concretos da juventude no Portugal das primeiras décadas do século XXI, destacando-se, em ambos os casos, o retrato de diferentes modos de vida, quer resultantes do fenómeno das migrações, quer das recentes alterações climáticas, ambas com impactos profundos na desestruturação de relações humanas e familiares. No cinema de Luís Campos, todas estas dimensões estão atravessadas por opções estéticas e artísticas, mas, sobretudo, éticas. Por um lado, estas dimensões podem ser articuladas com diferentes áreas disciplinares, como Ciências Naturais, Cidadania e Desenvolvimento, História, Filosofia, Área de Integração, entre outras; por outro, podem estar na origem de projetos interdisciplinares a desenvolver na escola; finalmente, pela qualidade do cinema, serão poderosos auxiliares para a formação do gosto dos jovens pelo cinema.